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terça-feira, 14 de abril de 2015

VIDA, À NOSSA

A primeira recomendação seriam duas: evite olhar para trás e tenha sempre em mente que o objetivo é nenhum, digo "seriam" para o caso de alguém imaginar um conselho, uma recomendação, coisa que não pretendo fazer, não é de minha índole.
Quase nada posso revelar com segurança, uma delas é que detesto gente estúpida, ignorante, metida a esperta. Eles sabem que não podem ser metidos a cultos ou a inteligentes, então resolvem ser espertos e tratam os outros como trouxas, otários. Acontece que um dia caem do cavalo e, dependendo da esperteza, podem parar na cadeia. Mesmo assim, ainda são "espertos"; trouxas são os outros, os que vivem em "liberdade" do lado de fora, sempre com medo dos que estão lá dentro, distribuindo comandos via celulares. Você não pode acabar com eles, ninguém pode. Não podemos sequer impedir que eles metam a mão na porta e entrem sem o nosso convite. Tudo que a gente pode fazer é deixá-los lá dentro, enquanto saímos para dar uma volta, sempre de olhos abertos e com um pé atrás. Vamos?

Outra coisa é a escravidão. Tem gente que pensa que a escravidão acabou, acabou há muito tempo, ou pensam que é uma coisa restrita ao sub-mundo da prostituição, da marginalidade. Conversa, escravos. Calma que ninguém aqui vai começar com aquela história de que "somos todos escravos, escravos dos sentimentos, das obrigações do trabalho, da família, do diabo a quatro...", não é isso, não é só isso. O diabo é essa parada que todo mundo tem que dar pra entender um texto, um diálogo, um verso, uma frase que seja. Isso é que mata.
Não gosto de gente que é maluca no domingo e caxias na terça-feira, segunda não conta. As pessoas mudam, é bem verdade, mas é bom que tenham uma cara só, não dá pra ser bonzinho em casa e filho da puta no trabalho; gente fina de dia, cafajeste à noite. Tá cheio de gente que é exatamente assim, pior que nem notam.
Um homem dá graças a deus porque não embarcou no avião que explodiu no ar, logo após a decolagem, e matou todo mundo; o cara desistiu na última hora. Na última hora, alguém embarcou em seu lugar. O que desistiu tem família, amigos, emprego, uma vida normal. Deu entrevista abraçado à mulher, com uma criança no colo, foi nessa hora que agradeceu a deus: "...alguma coisa me disse que eu não devia entrar naquele avião". O que embarcou também tinha mulher e filhos, um bom emprego, um chefe camarada. Nenhum desses quis dar entrevista. Impossível dizer se passou pela cabeça de alguém maldizer a voz que aconselhou o sortudo a desistir da viagem. Foi deus ou não foi? 
Coincidência ou não, quando a equipe da TV entrou no aeroporto abriram uma faixa: "Deus é Verdade". Não digo que sim nem que não, tirem vocês suas conclusões. Minha dúvida é outra: devo escrever "Deus" para não ofender a quem se curva à divindade? Ou posso grafar "deus" para indicar que a ele não sou temente?

No fundo sinto que a verdade, se existir, está rindo de todos nós.

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