Um chão de terra, qualquer piso,
uma escada,
o horizonte, a linha colorida,
o bebê na cadeirinha,
as balas apressadas,
o pé direito vai fugir,
mas o esquerdo quer chutar,
bobeia e não vai ter
o calor tomando conta,
a ira arremessada,
a curva da história,
a que ninguém se dá ao luxo,
de trilhar, nem conhecer,
como aquelas lembranças boas
em flashes desencontrados,
um ou outro beija o asfalto,
é um bloco,
um bloco negro,
posso ver daqui do alto
aprendizes mascarados,
os sonhos se repetem
na vida quadriculada.
Bombas de efeito imoral,
tava no muro rachado.
Perigo? Periga nem ter
um corpo santo,
o silêncio desterrado.