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Ok?

segunda-feira, 19 de maio de 2008



Querida amiga, sei que estou em falta com a sua pessoa, mas, embora não pretenda um perdão incondicional, o motivo é relevante.
Estava eu, dias atrás, na fila do caixa de um hipermercado, nacionalmente famoso por suas falsas promoções, quando uma senhora ainda jovem e esbelta, pra ser mais exato, perfeitamente comível e saboreável, tomou-me a frente e depositou suas compras na correia que conduz ao cadafalso, que vem a ser aquele scanner que registra o valor das compras.
Muito solícita, a funcionária passou um a um os itens que a mulher escolhera. Lá se foram a alcachofra, a rapadura, o óleo de linhaça... essas coisas, enfim, que qualquer um precisa ter em casa. Ao final, percebi que a mulher esquecera no balcão um maço de cheiro-verde. Muito educadamente, como é do meu feitio, perguntei: "Minha senhoura, posso tirar sua salsinha?" Pra quê??? A mulher entendeu errado, provavelmente trocou o "s" por um "c", sem cedilha. Ato contínuo acertou-me a testa com o pacote de sabão-de-coco e ainda por cima saiu aos gritos de "Indecente, indecente...!"
Amiga querida, faltou pouco para que levassem este pobre escriba em cana por atentado violento ao pudor. Salvou-me a funcionária do caixa, com seu depoimento, garantindo que a mulher se enganara quanto à peça a que eu me referi. De qualquer forma, restou-me um inchaço acima do olho direito e a certeza de que não devo tirar coisa alguma de mulher nenhuma, a não ser que me peçam encarecidamente.
A propósito, eu sei que a menina aprecia um quiabo com a sua baba natural, refogadinho no alho, cebola e tomate... A minha dúvida é se coloco o cheiro verde no final ou se, no caso do quiabo, é melhor deixar a salsinha de fora, no bom sentido, é claro...

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