
Em apenas uma semana, assistimos estarrecidos a duas "maravilhas" da Justiça brasileira.
Na primeira delas, o Supremo Trbunal Federal concede liminar ao promotor assassino de São Paulo, garantindo-lhe os módicos proventos, pagos, evidentemente, com o seu, o meu, o nosso.
Na segunda, é o próprio Ministério Público que se encarrega do showzinho: um promotor defende, com veemência, perante o corpo de jurados o soldado assassino, que dava proteção na porta de uma boite ao filho de... uma promotora. Na ocasião, o juiz do caso chegou a ameaçar uma das testemunhas com voz de prisão.
Rui tremeu em Botafogo. Eu, modestamente, acrescento algumas linhas às suas proverbiais palavras:
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto e a sonhar com uma vaguinha vitalícia no Ministério Público, quiçá no STF. (Ho ho ho... Papai Noel vem aí)