Assim como aconteceu no holocausto, quando o silêncio das grandes potências chancelou o massacre nos campos de concentração, também agora a omissão de um mundo hipócrita e covarde carimba o genocídio em Gaza. Aquelas crianças, que, indefesas e sem ter para onde fugir, morrem às centenas, são as Anne Frank do nosso mundo globalizado. Israel diz que os culpados são os terroristas do Hamas. Hitler também dizia que os culpados eram os banqueiros judeus, responsáveis pela hiperinflaçao que devastou a Alemanha dos anos 20. A ideologia judáico-cristã adora designar culpas e escolher culpados.
Se algum judeu, lá no fundo, achar que a criança palestina morta nos braços da mãe ou do pai é de alguma forma diferente das que foram trucidadas pelos nazistas, neste caso, é sinal que Israel e o Sionismo avançam para ficar cada vez mais próximos de seus algozes históricos.
Talvez só nos reste orar, em atenção ao papa, essa figurinha da política secular, que um dia abençoou as armas dos nazistas e hoje proíbe aos católicos o uso de preservativos. Pobre mundo.
