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sexta-feira, 2 de abril de 2010

A Caminho do Julgamento ( 6 de 7 )

Claro que ele percebeu que você não queria testemunhar, nem deixar que eu o fizesse. De certa forma entendo a sua posição: você não acha justo que permaneça escrava do sujeito, só porque foi ele quem nos criou, não é isso? Se não for, diga. É bem verdade que o manda-chuva sentiu o golpe, Lucélia, mas não foi isso que de fato o magoou. Ouvi quando você disse baixinho, quase murmurando no seu ouvido, não tenha medo de contar uma estória que todos entendam, senhor Diego , afinal, muitos assassinos famosos se livraram das grades com estórias fascinantes, porém mentirosas, tão falsas como esse sorriso que ostentas agora, Dieguito dos Santos y Santos. Foi a primeira vez que ouvi o nome completo do indivíduo que àquela altura ainda era o nosso pai. Imaginei-me como Arturo dos Santos y Santos, vivendo neste pequeno espaço ao lado de Lucélia dos Santos y Santos (você mesma, Lu) e Tsuy (para ela não caberia um sobrenome tão pomposo, contraditório com a sua personalidade).
Diego filho, nosso pai, agiu como se você tivesse acabado de descobrir a trama por trás da trama, uma estória de verdade, que essa nossa tenta encobrir. Mas o que teria Diegão soprado no ouvido de Dieguito, a ponto de ameaçá-lo caso não apresentasse um álibi convincente? Você me diz que é um crime hediondo, Tsuy confirma, balançando sua cabecinha de miniatura oriental, até o amante de Tsuy, que até agora nada dissera, levanta o polegar da mão direita e acena para o sujeito, o indivíduo, segundo todos vocês, o criminoso da família Santos y Santos, aquele que pode vir a escrever o restante desta tosca estória no banco dos réus. 

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