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terça-feira, 6 de abril de 2010

Cenário

Fn


Cilindros ocos, extremidades nuas. Fingindo-se de surdo, o cego calca mudo o marrom da estrada. Abre-se para o éter uma porta errante. No interior, (in)cômodo, parede de tijolos barra a busca ; do lado de fora, flores amanhecidas, trilhas passadas, restos de caminhos percorridos. Sons que se misturam a palavras que se partem, em sílabas, letras mortas, desgraças ao vento apregoadas. O ar é pesado, embora manso. O dia corre a se fechar em luas desabridas. Em um ponto qualquer da eternidade há uma dúvida a roçar teus lábios. Lá dentro, gritas: “Quem sou eu ao perceber que vem de mim o que mais odeio em você?” 
Foto:   polisnyc.files.wordpress.com/2006/09/bean2.jpg

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