
Lia
enquanto pensava
o que é sempre novo
nunca chega ao fim.
Sorria
e se admirava
simples assim?
Por trás
dos vivos olhos
há muito ainda a sentir:
o corpo ardente
a sofreguidão
o conhece-te
a mim mesmo
como a palma da mão.
O silêncio
da tarde
envolve,
anuncia
que vale a pena
esperar:
a ciência exata
a palavra incerta,
ternamente a cruzar
a porta entreaberta,
o seu jeito de ser.
Lia, relia
o que não queria
esquecer.