
Escrever é criar situações em que se encaixam diversas formas redundantes. Não se mexe na essência, só nos interessa a ação e sua aparência. A idéia é reproduzir mais um pedaço da vida bem passada, seca, amarfanhada, em geral tola e vulgar. Muitas outras formas, semelhantes às do retrato em letras, irão rir, chorar, desprezar ou, quem sabe, odiar aquilo que vem sendo feito, páginas e páginas, anos a fio, sob este único molde. Na literatura, quase ninguém aceita enveredar por um caminho que nada tem a ver com a vida que pensamos viver.
Será? Ou será muito pouco?