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Ok?

sábado, 5 de março de 2016

baixaria.com

Fico puto quando alguém me diz: “Não fica nervosinho, não...” Dá aquela raiva, que vai subindo das sandálias ao quipá, embora eu não use sandálias, nem muito menos quipá. Foi só o modo de falar. O que eu falo de verdade? Falo aquelas coisas chulas, tipo: “nervosinho é o caralho...” ou “vem cá que eu vou te mostrar o tamanho do nervosinho, sua...” Às vezes até sai um ou outro palavrão mais pesado, coisa do momento.
Horas, dias, meses depois é que eu vou pensar nas razões que me levaram ao destempero. Penso que a chave para desvendar o acesso de fúria encontra-se no diminutivo “nervosinho”. Se a pessoa falar: “Não fica nervoso, não...” Entendo que é um conselho, uma sugestão, até um sábio aviso para evitar o stress. A entonação também é diferente, dá pra imaginar?
De um modo geral sou um cara calmo, senão doce, nem um pouco azedo. Salvo em situações como aquela em que o infeliz vem e coloca a mão no meu ombro e solta o indefectível: “Meu filho...” Não me interessa o que ele vai dizer, nem se é patrão, se é velho, geralmente é, ou se falou por falar. Essa de vir com a mão no ombro e soltar um “Meu filho...” todo arrogante, não dá pra aguentar. Já queimei (sem querer) a mão de um cara por causa disso, sabe como é...
Mas, como eu ia dizendo, sou uma pessoa em geral afável.
Last but not least, odeio esses caras esnobes que, sem mais nem menos, saem usando expressões em língua estrangeira, isso me dá realmente vontade de matar, esganar, escalpelar, não que eu tenha chegado a tal extremo, talvez uma ou duas vezes, no máximo três.

Como vocês viram, não sou um sujeito intransigente, longe disso, não é?
Sou??? Tem certeza?

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